Prezado(a) companheiro(a) do Debate, compartilho uma importante crítica,
Sobre o ‘Big Brother Brasil’
Os heróis sobrevivem com um salário-mínimo, e alguns vivem honestamente
com essa importância. Os heróis salvam vidas, são médicos, enfermeiros,
bombeiros que procuram sobreviventes ou mortos nos escombros de
prováveis obras “a brasileira”, mesmo arriscando suas vidas entre
fumaças e poeirentas toxinas: são policiais (menos armados e protegidos
que os “bandidos”) criticados pelos direitos humanos quando agem em
defesa de suas vidas ou das nossas próprias, pois dizem que extrapolaram
os limites legais mesmo que aqueles que sofreram as ações não pratiquem
qualquer atitude de humanidade.
Heróis são pessoas comuns e anônimas que passam por terríveis humilhações pelo descaso nas filas de hospitais, assistências jurídicas, odontológicas e nada ganham como prêmio, talvez as lágrimas para retornarem no dia seguinte sem o atendimento esperado, pois são muitos os necessitados, muitos mesmo, mais do que podemos imaginar... Heróis são os que conseguem manter seus filhos longe dos vícios, das ruas, dos atos infracionais e criminosos, mesmo que ocorra um falso entendimento de que educar os rebentos seja coisa fora de moda ou contrária aos comezinhos princípios de moralidade, ética, justiça e cidadania.
Heróis são os professores que conseguem dar esperanças aos seus alunos mesmo sabendo que eles próprios são desvalorizados e que suas utopias estão cada vez mais distantes de serem contempladas por alguns políticos que, do dia para a noite, enriquecem com o dinheiro público, dizem-se porta-voz do povo sem dar ouvidos aos seus anseios, escutando somente o que é melhor para o partido ou para conseguirem a reeleição. Uma grande parte dos políticos não sofre punição, porque cadeia é lugar para aqueles que não conseguem pagar um bom advogado; justiça é para fracos: isto não é heroísmo.
Heróis são os pedreiros que constroem imóveis que nunca terão condições para adquirir porque são meros construtores de concretos e não concretizam seus próprios sonhos ou de suas famílias, afinal “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”.
O BBB é uma farsa. Heróis de farras, de orgias, que “suportam” provas fazendo propaganda para nós, otários, adquirirmos os produtos mais tarde, pois o consumismo é uma obrigação para “ser” em uma sociedade que valoriza o ter. E o pior: há audiência para tal bestialidade, e ainda há quem os chamem, vergonhosamente, de vitoriosos. Sustentamos programações que em nada contribuem para o bem-estar da criança ou do adolescente; ao contrário, corroboram para que idolatrem a hipocrisia de uma vida mesquinha e nada promissora que inverte os valores sociais chamando de vencedores pessoas que em nada contribuem para a coletividade.
Heróis são pessoas comuns e anônimas que passam por terríveis humilhações pelo descaso nas filas de hospitais, assistências jurídicas, odontológicas e nada ganham como prêmio, talvez as lágrimas para retornarem no dia seguinte sem o atendimento esperado, pois são muitos os necessitados, muitos mesmo, mais do que podemos imaginar... Heróis são os que conseguem manter seus filhos longe dos vícios, das ruas, dos atos infracionais e criminosos, mesmo que ocorra um falso entendimento de que educar os rebentos seja coisa fora de moda ou contrária aos comezinhos princípios de moralidade, ética, justiça e cidadania.
Heróis são os professores que conseguem dar esperanças aos seus alunos mesmo sabendo que eles próprios são desvalorizados e que suas utopias estão cada vez mais distantes de serem contempladas por alguns políticos que, do dia para a noite, enriquecem com o dinheiro público, dizem-se porta-voz do povo sem dar ouvidos aos seus anseios, escutando somente o que é melhor para o partido ou para conseguirem a reeleição. Uma grande parte dos políticos não sofre punição, porque cadeia é lugar para aqueles que não conseguem pagar um bom advogado; justiça é para fracos: isto não é heroísmo.
Heróis são os pedreiros que constroem imóveis que nunca terão condições para adquirir porque são meros construtores de concretos e não concretizam seus próprios sonhos ou de suas famílias, afinal “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”.
O BBB é uma farsa. Heróis de farras, de orgias, que “suportam” provas fazendo propaganda para nós, otários, adquirirmos os produtos mais tarde, pois o consumismo é uma obrigação para “ser” em uma sociedade que valoriza o ter. E o pior: há audiência para tal bestialidade, e ainda há quem os chamem, vergonhosamente, de vitoriosos. Sustentamos programações que em nada contribuem para o bem-estar da criança ou do adolescente; ao contrário, corroboram para que idolatrem a hipocrisia de uma vida mesquinha e nada promissora que inverte os valores sociais chamando de vencedores pessoas que em nada contribuem para a coletividade.
Por Silvia Lopes da Luz, professora universitária e advogada
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,41,3662660,18990
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