A Procuradoria da República no Rio Grande do
Sul enviou nesta sexta-feira um perito biólogo, juntamente com o
servidor que acompanha os processos do Litoral, para o local em que
ocorreu o vazamento de petróleo na orla do balneário de Tramandaí. O
Ministério Público Federal (MPF) está investigando o vazamento, através
de procedimentos nas áreas cível e criminal, a fim de apurar a
responsabilidade e a extensão dos danos causados à fauna marinha e
costeira, à flora e ao ecossitema na APP, nas áreas afetadas do Litoral
Norte do Estado.
Além disso, o MPF entrou em contato com a
Organização Não Governamental (ONG) Sea Shepherd, que mantém voluntários
nas praias, a fim de que sejam apurados os possíveis danos em relação à
fauna silvestre afetada pelo óleo. Fepam instalou placas nas areias de Tramandaí e Imbé para alertar que águas estão impróprias para banho.
O Ministério Público do Estado, através da Fiscalização Integrada e da Promotoria de Tramandaí, já
havia anunciado que também investiga o vazamento. Segundo o órgão, além
de identificar os danos ambientais, o objetivo também é buscar a
condenação da empresa pelos danos morais causados aos veranistas pelo
acidente.
A mancha de óleo chegou à beira da praia nessa
quinta-feira, atingindo principalmente o município de Tramandaí, já se
estende por uma faixa de cinco quilômetros. A Transpetro informou,
através de nota emitida hoje, ter criado uma comissão interna para
investigar as causas do acidente. O volume estimado pela empresa de óleo
derramado é de 1,2 m³.
Exames da água
A Fundação
Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) espera para este sábado o
resultado dos exames laboratorias feitos na água do mar de Tramandaí, no
Litoral Norte, após o vazamento de óleo no oceano,
ocorrido nessa quinta-feira. Por medida de segurança, a Fepam instalou
placas nas areias de Tramandaí e Imbé alertando que as águas estão
impróprias para o banho.
“Como o vazamento foi bastante
significativo, não temos condições de afirmar que não tenha uma
quantidade razoável de petróleo dissolvido na água. Como é uma
substância altamente tóxica, mantemos a recomendação de evitar o banho
de mar nos próximos dias”, indicou o presidente da fundação, Carlos
Fernando Niedersberg. “Como sou químico e conheço o risco que o petróleo
oferece, mesmo que os resultados indiquem uma tranqüilidade eu
recomendaria que, por precaução, os veranistas evitem tomar banho ali”,
alertou.
Multa por vazamento no litoral pode chegar a R$ 50 milhões
Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
aguardam laudo para avaliar os danos causados pelo vazamento de óleo na área sul de Tramandaí, no Litoral
Norte. Conforme o órgão, a multa para este tipo de crime ambiental pode
variar entre R$ 500 e R$ 50 milhões. Na manhã desta sexta-feira, o Ibama
sobrevoou a área de 3,5 quilômetros entre a plataforma de Tramandaí e a
barra do Rio Tramandaí, em Imbé, a fim de monitorar a realização do
plano de emergência.
Condições climáticas podem agravar desastre
A MetSul Meteorologia alerta que, nas próximas horas, a direção e a intensidade do vento, assim como
as correntes marítimas, devem ampliar o impacto do vazamento de óleo.
Segundo a empresa, as correntes do mar nesta sexta-feira são de Sudeste a
Leste, o que leva o petróleo a balneários mais ao Norte de Tramandaí.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=386308
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