sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Crime ambiental: vazamento de óleo no litoral gaúcho

Vazamento de petróleo no litoral gaúcho

Prezado(a) companheiro(a) do Debate, acompanhe a matéria sobre o vazamento de óleo nas águas do litoral norte gaúcho, constituindo mais um crime ambiental. É muito preocupante, pois, o derramamento de óleo causa prejuízos aos ecossistemas, colocando em risco a sobrevivência da flora e fauna, cujos danos ambientais podem ser irreversíveis.


MPF também investiga vazamento de óleo no Litoral Norte

A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul enviou nesta sexta-feira um perito biólogo, juntamente com o servidor que acompanha os processos do Litoral, para o local em que ocorreu o vazamento de petróleo na orla do balneário de Tramandaí. O Ministério Público Federal (MPF) está investigando o vazamento, através de procedimentos nas áreas cível e criminal, a fim de apurar a responsabilidade e a extensão dos danos causados à fauna marinha e costeira, à flora e ao ecossitema na APP, nas áreas afetadas do Litoral Norte do Estado.
Além disso, o MPF entrou em contato com a Organização Não Governamental (ONG) Sea Shepherd, que mantém voluntários nas praias, a fim de que sejam apurados os possíveis danos em relação à fauna silvestre afetada pelo óleo. Fepam instalou placas nas areias de Tramandaí e Imbé para alertar que águas estão impróprias para banho.

O Ministério Público do Estado, através da Fiscalização Integrada e da Promotoria de Tramandaí, já havia anunciado que também investiga o vazamento. Segundo o órgão, além de identificar os danos ambientais, o objetivo também é buscar a condenação da empresa pelos danos morais causados aos veranistas pelo acidente.

A mancha de óleo chegou à beira da praia nessa quinta-feira, atingindo principalmente o município de Tramandaí, já se estende por uma faixa de cinco quilômetros. A Transpetro informou, através de nota emitida hoje, ter criado uma comissão interna para investigar as causas do acidente. O volume estimado pela empresa de óleo derramado é de 1,2 m³.

Exames da água

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) espera para este sábado o resultado dos exames laboratorias feitos na água do mar de Tramandaí, no Litoral Norte, após o vazamento de óleo no oceano, ocorrido nessa quinta-feira. Por medida de segurança, a Fepam instalou placas nas areias de Tramandaí e Imbé alertando que as águas estão impróprias para o banho.

“Como o vazamento foi bastante significativo, não temos condições de afirmar que não tenha uma quantidade razoável de petróleo dissolvido na água. Como é uma substância altamente tóxica, mantemos a recomendação de evitar o banho de mar nos próximos dias”, indicou o presidente da fundação, Carlos Fernando Niedersberg. “Como sou químico e conheço o risco que o petróleo oferece, mesmo que os resultados indiquem uma tranqüilidade eu recomendaria que, por precaução, os veranistas evitem tomar banho ali”, alertou.

Multa por vazamento no litoral pode chegar a R$ 50 milhões

Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aguardam laudo para avaliar os danos causados pelo vazamento de óleo na área sul de Tramandaí, no Litoral Norte. Conforme o órgão, a multa para este tipo de crime ambiental pode variar entre R$ 500 e R$ 50 milhões. Na manhã desta sexta-feira, o Ibama sobrevoou a área de 3,5 quilômetros entre a plataforma de Tramandaí e a barra do Rio Tramandaí, em Imbé, a fim de monitorar a realização do plano de emergência.

Condições climáticas podem agravar desastre

A MetSul Meteorologia alerta que, nas próximas horas, a direção e a intensidade do vento, assim como as correntes marítimas, devem ampliar o impacto do vazamento de óleo. Segundo a empresa, as correntes do mar nesta sexta-feira são de Sudeste a Leste, o que leva o petróleo a balneários mais ao Norte de Tramandaí.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=386308



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